quinta-feira, 7 de julho de 2011

Marina Silva vai mesmo sair do PV, diz Alfredo Sirkis


O vice-presidente do PV, o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), confimou ao G1 que a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva vai anunciar oficialmente na tarde desta quinta-feira (7) sua saída do PV e a criação de um movimento, ainda sem nome definitivo, que terá como base o lema "verde e cidadania".

Marina Silva disputou as eleições presidenciais de 2010 pelo PV e ficou em terceiro lugar, com 19,6 milhões de votos, o equivalente a 19,33% dos votos válidos. No segundo turno entre o tucano José Serra e a então candidata Dilma Rousseff (PT), Marina optou por manter uma posição de "independência" e não apoiou oficialmente nenhum dos dois candidatos.

Sirkis afirmou que também pedirá licença ao partido, mas estuda por quais meios jurídicos deverá sair, devido à regra de fidelidade partidária. Ele afirmou ainda que o movimento "Verde e Cidadania" poderá se tornar uma nova legenda política a partir de 2013. Em 2014, serão realizadas eleições presidenciais.

"Todos os aliados da Marina também sairão junto com ela. O movimento, com nome definido, será lançado mesmo a partir de setembro. Hoje será apenas o anúncio", disse.

Marina Silva vai falar à imprensa esta tarde num evento na Zona Oeste de São Paulo. Apoiadores da ex-ministra do Meio Ambiente de diferentes partes do Brasil estão presentes.

Crise

Desde o fim de junho, há rumores de que a ex-senadora e um grupo de aliados deixarão o PV devido a divergências internas.

Maurício Brusadin, que presidia o diretório do PV paulista, oficializou a saída da legenda nesta quarta e avaliou que o PV passa por uma crise de intermediação, assim como outros partidos.

Ele citou como exemplos as recentes denúncias sobre o Ministério dos Transportes, a disputa dentro do PR por quem vai ocupar a vaga deixada por Alfredo Nascimento e cobrança por cargos públicos feita ao governo Dilma Rousseff pelo PMDB.

“O PV não é diferente. Não é a toa que essa crise de intermediação está acontecendo. Tentamos de tudo, criamos um movimento de transição democrática, queríamos dialogar, sem atravessadores”, afirmou.

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